quarta-feira, 16 de junho de 2010

Biópsia de pele: quando é preciso olhar bem de perto

Estou escrevendo este post para desmistificar de uma vez por todas a biópsia de pele. Normalmente, quando a gente comunica o paciente que vamos precisar biopsiar, esta notícia é rebecida com alguma preocupação. Primeiro, porque em outras especialidades, a biópsia está frequentemente associada à suspeita de câncer. Segundo porque imagina-se que seja um procedimento complicado ou doloroso. Gente, vamos entender o seguinte: pele não aparece em radiografia. Assim, muitas vezes a biópsia é a forma que se tem de examinar a pele mais a fundo quando isso é necessário para formular o diagnóstico. Por outro lado, o acesso à pele é muito mais fácil que o acesso a outros órgãos. A biópsia é realizada numa sala simples, com anestesia local. Podemos usar um punch, um instrumento que parece uma caneta sem carga e que remove uma rodelinha de pele (veja ilustração) ou um bisturi cirúrgico comum. Tiramos um pedacinho pequeno de pele, colocamos no fixador e damos pontos se for preciso. Isso em regime ambulatorial, ou seja, não é preciso ficar internado. Mandamos este pedacinho para o laboratório, eles examinam no microscópio e nos mandam a resposta com aquilo que viram, muitas vezes até dão o diagnóstico. Fica cicatriz? Fica. Sempre que se corta algo, fica uma cicatriz, não se engane! Mas procuramos deixar uma cicatriz bastante discreta, escondidinha, nada estigmatizante. Importante é ter o diagnóstico. Não tenha medo.

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